COMEÇO DE HISTÓRIA
Com o vento do tempo
Que chamamos “saudade”
vem um tempo tão antigo
Fujo da realidade
Pra voltar ao passado
Eu sonho acordado
Só assim eu consigo
Vivê-lo outra vez
No começo da vida
Não consigo esquecer
Em minha infância querida
Tive bons companheiros
Ah! Se eu pudesse os rever
E minha avó que rezava
Às Ave´Marias
Então, se reunia
Para a Deus se render
Em suas preces pedia
Às seis horas da tarde
Ao sol se esconder
E o meu pai, que tristeza!
Ao lembra da incerteza
De um dia eu o rever
Só com um olhar de zangado
Para o filho “levado”
Se fazia obedecer
E a minha escola primeira
Ainda não foi destruída
Já não é tão bonita
Pois o tempo a enfeiou
Mas continua altaneira
Apesar da lixeir
Que, ao redor, se formou
E a minha namoradinha
Que não deixavam sozinha
E, por isso, eu, coitado!
Não podia beijar
Ah! Tempos de outrora
Que diferença pra agora
Em que os dois se entregam
Logo ao primeiro olhar
Ah! Minha infância querida
Meu começo de vida
Como eu queria voltar!
Hoje tu és memória
Um começo de história
Que sempre choro, ao lembrar
Ademir Garçon