quarta-feira, 18 de maio de 2011

HEMORRAGIA COLETIVA













Sangue que jorra e molha

O chão em que todos pisam

Sangue que jorra e molha

O chão em que a Natureza

Espalhou seu verde

Verde de esperança em vão

Pois é verde que some ofuscado

Pelo vermelho sangue da devastação

Sangue que jorra de irmãos

Que, enviados foram

Por seus governantes

Pra matar irmãos

Hemorragia coletiva

Que no mundo infesta

Causada pela implacável guerra

Quando irá parar?

Virá o dia em que este rubro rasto

De rudes contendas

Apagado será desta sofrida Terra?

Sim, e será no dia em que aqui

Não haverá mais homens

Os chamados “seres racionais”

Pois este ódio, que devasta o mundo

Fará com que se matem

Só deixando, aqui

Os seus restos mortais

Ai, então

O mundo, sim

Terá em fim

A tão sonhada paz


Será meu Deus, que a paz, tão necessária para a sobrevivência dos homens, só será alcançada quando os homens se deixarem de existir?