sexta-feira, 29 de julho de 2011



JANELA DA SAUDADE.







Vai longe o dia

Em que eu a via
A passar sorrindo

Pela minha janela

Sem sequer me olhar


E como era lindo

O seu porte inocente

E, apaixonadamente

Eu assobiava e, até, tossia

Para ela me notar


Com minha timidez

Só isso eu fazia

E, em nenhuma vez

Eu tive coragem

Pra me declarar


O tempo passou

Nunca mais a vi

Nem, também, ouvi

Ninguém falando dela

E, preocupado, resolvi

Sair pra investigar


E, triste, descobri

Que o meu amor morreu

Hoje é sua saudade

Que passa pela minha janela

É a sua imagem bela

A se tornar presente

Pra me fazer chorar

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