terça-feira, 17 de maio de 2011

CIRANDA DAS ESTRELAS








Filhinha, me obedeça
Não saia à noite porque
Não quero que o céu escureça
Se as estrelas descerem
Para brincar com você

Deus, o Nosso Pai, fez o céu
E pôs as estrelas mais belas
E, ao ver tanta beleza
Irão descer, com certeza
Pensando que você é uma delas


Mudei de idéia, filhinha
Pode sair à noite porque
Quero ver as estrelinhas
Brincando de cirandinha
E, no meio da roda, você

Tira , tira o seu pèzinho
Põe, aqui, ao pé do meu
Pois você é a rainha
Que Papai do Céu nos deu

Tira, tira o seu pezinho
Põe, aqui, ao pé do meu
Pois você é a estrelinha
Que na terra apareceu

A LOURA E O TERNO DO FALECIDO






















Loira, ao perder o seu marido
Querendo economizar uns trocados
Resolveu enterrar o falecido
Com um simples terno alugado.

E, então, depois de alertada
Sobre o estúpido erro
Pede ao defunto, coitada!
Que devolva o terno do enterro

Pois a loja todo mês
Cobra o aluguel do tal terno
E se o mesmo já se desfez
Queimado no fogo do inferno?

Mas se o finado tinha juízo
Era honesto, modesto e tão puro
O terno só pode estar no Paraíso
Guardado em lugar bem seguro

E a loira, impaciente
Depois de muita oração
Sem ter seu apelo atendido
Acha que só ha uma solução
Busca-lo irá pessoalmente
E dá um tiro no ouvido.



ADEMIR GARÇON





NA: Nada contra as loiras, o autor só quer fazer humor.





Publicado no Recanto das Letras em 18/01/2011
Código do texto: T2736701














À P R O C U R A D E U M P A T R O C I N A D O R