quinta-feira, 9 de junho de 2011

COMEÇO DE HISTÓRIA










Com o vento do tempo

Que chamamos “saudade”
vem um tempo tão antigo

Que o tempo presente desfez

Fujo da realidade

Pra voltar ao passado

Eu sonho acordado

Só assim eu consigo

Vivê-lo outra vez


Dos amigos primeiros

No começo da vida

Não consigo esquecer

Em minha infância querida

Tive bons companheiros

Ah! Se eu pudesse os rever


E minha avó que rezava

Às Ave´Marias

Quando toda a família

Então, se reunia

Para a Deus se render

Em suas preces pedia

Por parentes e amigos

Às seis horas da tarde

Ao sol se esconder


E o meu pai, que tristeza!

Ao lembra da incerteza

De um dia eu o rever

Só com um olhar de zangado

Para o filho “levado”

Se fazia obedecer


E a minha escola primeira

Ainda não foi destruída

Já não é tão bonita

Pois o tempo a enfeiou

Mas continua altaneira

Apesar da lixeir

Que, ao redor, se formou


E a minha namoradinha

Que não deixavam sozinha

E, por isso, eu, coitado!

Não podia beijar

Ah! Tempos de outrora

Que diferença pra agora

Em que os dois se entregam

Logo ao primeiro olhar


Ah! Minha infância querida

Meu começo de vida

Como eu queria voltar!

Hoje tu és memória

Um começo de história

Que sempre choro, ao lembrar

     
               Ademir Garçon

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