segunda-feira, 13 de junho de 2011

INSÔNIA






Noite. Sons estranhos, que só o silêncio traz.

O murmúrio indefinido do vento pela fresta da porta, como se procurasse a luz que se perdeu com o fim do dia.

O “cricritar” dos grilos, o latir de um cão à distância, o cantar, trôpego e desafinado de um ébrio a se perder na estrada.

Barulhos do silêncio, que só a noite traz.

Sons da vida lá fora, que morrem quando nos concentramos em nossos sons interiores, os ruídos de nossos sentimentos.

O lamento da saudade, trazendo lembranças de seres queridos que se foram e revivendo imagens de momentos que ficaram para trás.

O riso de satisfação pelos sonhos que se realizaram e pelos problemas que foram resolvidos.

O suspiro de decepção pelas desilusões sofridas e pelas frustrações que a vida nos legou..

Noite. Para quem não dorme é um intervalo de vida.

Para uns, um lazer num carrossel de sons .

Para outros, uma viagem para dentro de si mesmo, num desfilar de recordações.




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